
Salvem O Museu dos Coches Petição
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
António Costa aprova novo Museu dos Coches, apesar de o considerar desnecessário

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Mugabe: "O Zimbabwe pertence-me"

"Jamais, eu nunca irei vender o meu país. Jamais, jamais, nunca me renderei, jamais", afirmou Mugabe, de 84 anos e há 28 no poder. " O Zimbabwe pertence-me", disse.
“Vocês não me conseguirão intimidar”, disse, deixando um recado à comunidade internacional, que reclama o seu abandono.
“Podem ameaçar decapitar-me, mas ninguém me fará mover: o Zimbabwe pertence-nos, não pertence aos britânicos”, disse o Presidente do país que foi, durante várias décadas, uma colónia britânica.
Diante do congresso do seu partido, a União Nacional Africana do Zimbabwe – Frente Patriótica (Zanu-PF), na pequena localidade de Bindura, o mais velho chefe de Estado de África manifestava-se assim contra o antigo Império britânico e contra todos os que o querem ver afastado do poder.
O Presidente Mugabe e o seu rival, Morgan Tsvangirai – líder do Movimento para a Mudança Democrática – concluíram um acordo no passado dia 15 de Setembro, a fim de partilharem o poder e fazerem o país sair da crise nascida da derrota da Zanu-PF nas legislativas de Março, mas as duas formações partidárias nunca se chegaram a entender acerca da divisão dos principais ministérios.
Enquanto isto, milhares de zimbabweanos morrem, graças ao relaxe da comunidade internacional, talvez por o país não ser um produtor de petróleo. Por muito menos, equipas de guerrilha ou de tropas regulares, houvesse para isso interesses económicos por detrás, e o ex "Sir" Robert Mugabe (já que foi destituído pela rainha de Cavaleiro do Império), estaria fora do poder a bem ou a mal.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Agora que Santana se prepara de novo ...
Em 2003, a Dom Quixote publicou a edição de bolso do romance «Dom Casmurro», de Joaquim Maria Machado de Assis.
Para a estupefacção do editor, algum tempo depois, este recebeu um cartão oficial da Câmara Municipal de Lisboa, assinado pelo seu então presidente, Pedro Santana Lopes, agradecendo o envio de um exemplar do livro. Até aqui, tudo normal. A perplexidade deveu-se ao facto de o cartão pedir ao editor que transmitisse ao autor o apreço do autarca – e de o envelope ser dirigido ao «Exmo. Sr. Machado de Assis, aos cuidados das Publicações Dom Quixote».
Consta que na origem da gafe estava uma secretária do presidente da Câmara, e que este, ao contrário do que os homens públicos costumam fazer em tais casos, não só não transformou a subordinada em bode expiatório como até a promoveu, o que talvez configure uma magnanimidade nobre mas algo desmedida.
Francamente...É de ir ás lágrimas.
Amigo Pedro. Se para lá voltar poupe-nos por favor ás louras burras que passaram à história sob o nome de santanetes.
Por: Jorge Santos Silva
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Avizinha-se batalha jurídica para decidir construção de grande prédio no Largo do Rato
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Derrocada da Muralha do “Castelinho” de Angra do Heroísmo

A presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Andreia Cardoso (PS), apela ao entendimento rápido entre a Empresa Nacional de Turismo (Enatur) e o Ministério da Defesa com vista à recuperação célere do troço de muralha do Forte de São Sebastião (vulgarmente conhecido como “Castelinho”) que ruiu no passado domingo.
Tipicamente, nenhuma destas entidades assumiu publicamente a responsabilidade de recuperar a parte da muralha que derrocou.

Andreia Cardoso explica que, tratando-se de uma propriedade do Estado, a Câmara de Angra não pode fazer “muito mais do que ajudar nos licenciamentos que venham a ser necessários”.
“Em Novembro de 2001, participamos no protocolo que permitiu à Enatur instalar uma Pousa da de Portugal no Castelinho. Mas, nesse âmbito, o nosso papel era apenas assegurar o alojamento dos militares da Marinha que estavam no forte até que as moradias a construir pela secretaria regional da Economia estivessem concluídas. Esse foi o âmbito da participação da autarquia nesse acordo”, explica Andreia Cardoso.
A autarca adiantou ainda que, há dois meses, a autarquia procedeu, por sua iniciativa, a um levantamento dos imóveis do Estado no concelho, tendo enviado esses documentos para o Governo Regional, a quem pediu que diligenciasse junto de Lisboa para um alerta pela degradação de algumas destas infra-estruturas, “caso da Boa Nova e do edifício da Alfândega”.
Mas ao que parece, desse relatório não constavam a situação deste forte do séc. XVI, integrada na zona histórica da cidade de Angra do Heroísmo, classificada como Património da Humanidade pela UNESCO e, cuja parte significativa da muralha acaba de ruir.
O que foi feito? Nada e o resultado imediato foram 500 anos de história irem parar ao mar.
È na realidade uma vergonha o estado lamentável a que as autoridades, neste eterno jogo do empurra, descartam as suas responsabilidades.
Mas a história julgar-vos-á por isso!
terça-feira, 18 de novembro de 2008
De novo os contentores de Alcântara
sábado, 15 de novembro de 2008
Bairro Alto. Já começámos a despedir pessoas

Duas semanas após a entrada em vigor do diploma camarário que encerrou a actividade nocturna ás 2 horas da manhã, publico aqui parte do texto que a Destak publicou sobre a matéria.
"Este tem sido um ano difícil para o emblemático espaço nocturno lisboeta. A Lei do Tabaco obrigou a gastos, que aumentaram com o pagamento de um reforço de segurança, por parte dos comerciantes. Agora, muitos dos bares fecham duas horas mais cedo.
Sexta-feira dia 7 de Novembro, um grupo de frequentadores indignados decidiu protestar, distribuindo apitos às 2h. Sábado foi convocada uma manifestação.
O Destak foi para a rua saber qual o balanço da primeira semana para comerciantes e clientes.
«Perdemos à volta de 50% dos lucros», contou Alfredo Macedo, empregado do bar Palpita-me, explicando que como a clientela só chega pela 1h15 resta muito pouco tempo para o negócio. «Abrimos às 19h, e como vê, ainda não está cá ninguém», diz apontando para o bar vazio no início da noite. Os despedimentos são «inevitáveis»: «Aqui no bar já vão três pessoas embora».
O mesmo dizem Carlos, Ana e Bruno, de bares da Rua da Barroca que preferem não identificar por medo de represálias. «Isto é um lobby da Junta de Freguesia; a maioria dos moradores dá-se bem com os bares e até querem que estejam aqui por motivos de segurança», explicam. O corte nos lucros, dizem, vai tirar emprego a muitas pessoas, «ao ponto de pôr em causa a existência de grande parte dos bares». Para estes comerciantes, o desemprego irá afectar não só os bares, mas os restaurantes e as mercearias, num efeito de cadeia: «Aqui toda a gente vive dos negócios uns dos outros». Pedem para regressar ao tema da segurança: «A partir de agora isto começa a ficar deserto mais cedo, mais cedo começa a haver problemas. Todos sabem que no Bairro Alto há tráfico de muita coisa. Se os bares fecharem mais cedo, o tráfico continua a existir e pode criar-se um guetozinho. Os traficantes passam a vir para aqui como vinham para o casal ventoso».
Os três colegas fazem questão de salientar que não estão só preocupados em fazer dinheiro. Admitem que seja necessário um entendimento. Consideram que a solução poderia passar pela proibição de venda de bebidas na rua. «Se a câmara proibisse beber na rua, as pessoas teriam que entrar para os bares e aí já poderia haver uma parceria entre os bares e a câmara para tentar resolver o problema». Mas assim, «é apenas pura repressão».
Opiniões dividem-se. Pela 1h da manhã, um grupo de amigos na casa dos vinte conversa animadamente de copo na mão. «Acho bem, é uma questão de respeito pelas pessoas que vivem aqui. Têm que adaptar a cidade, mudar as zonas de bares para os arredores», opina Marina. «Não! Não há nada como o Bairro», contrapõe Tristão. (...)
Copo vai, copo vem, surgem algumas propostas politicamente incorrectas: «Deviam criar alojamento noutro sítio para as pessoas que moram aqui», diz Ruben entre gargalhadas. A sugestão era uma brincadeira, mas outra surge um pouco mais séria: «E porque não vidros duplos nas janelas e pronto?»"
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Câmara discute novamente projecto polémico no Largo do Rato
domingo, 9 de novembro de 2008
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO - 2ª fase: VOTE!

Solicitamos agora, até ao dia 14 de Novembro, que consultem as propostas seleccionadas, e votem nas três que gostariam de ver inscritas no Plano de Actividades da CML para o ano de 2009.
Para tal, basta aceder ao sítio do OP - www.cm-lisboa.pt/op - com a sua palavra-chave. Para votar é necessário proceder previamente ao registo. Trata-se de uma operação que demora apenas 1 minuto. Se já se registou na 1ª fase, não necessita de voltar a fazê-lo. Até ao dia 14 de Novembro, será possível o registo no sítio do OP e concretizar a votação on-line.
Os projectos mais votados nesta 2ª fase serão integrados no orçamento municipal até ao valor de 5 milhões de euros, montante definido pela Câmara para afectar ao orçamento participativo. Para poder votar, seleccione a área ou as áreas que pretende e vote nos projectos que lhe são apresentados. Pode votar num máximo de três projectos, por ordem de prioridade (de 1 a 3, sendo 1 o mais importante), desde que a soma dos projectos não exceda o valor máximo de 5 milhões de euros.
Há cerca de 80 projectos para escolher.
-Arborização do Terreiro do Paço
-Arborização de Arruamentos em Arroios
-Arborização de Arruamentos do Bairro Campo de Ourique
-Reabilitação do Espaço Público do Bairro Azul e Plantação de Árvores
-Requalificação de Espaço Verde, Instalação de Parque Infantil e Horta Comunitária na Quinta do Coleginho
-Requalificação do Largo do Rato
-Requalificação do Largo da Graça
-Requalificação do Largo Hintze Ribeiro
-Requalificação da Envolvente à Basilica da Estrela
-Retirar Estacionamento Automóvel dos Espaços Singulares, Praças e Largos
Participe e reencaminhe esta informação para todos os possíveis interessados neste processo.
sábado, 8 de novembro de 2008
HIV virá aí a possivel cura?

Notícia de IOL Diário - 08-11-2008
Um norte-americano de 42 anos que vive em Berlim está a intrigar a comunidade científica. Há dois anos foi submetido a um transplante de medula. Era seropositivo, mas o objectivo seria curar uma leucemia. Seiscentos dias depois, ainda continua a lutar contra esta doença, mas venceu a batalha que parecia perdida: a sida.
De acordo com o The Wall Street Journal, que conta história deste paciente cujo nome não é divulgado, depois da operação, os médicos não detectaram sinais da infecção no seu sangue, apesar de terem cessado de lhe administrar fármacos anti-retrovirais na altura da intervenção cirúrgica e nunca mais terem tido necessidade de o fazer.
O jornal norte-americano explica que quando foi decidido que o paciente teria de ser transplantado, o seu médico, o doutor Gero Hütter, da Charité Medical University de Berlín, lembrou-se de fazer uma experiência. Entre os possíveis dadores escolheu um que apresentava uma rara mutação genética, que o torna imune a quase todas as estirpes de HIV, e que só está presente em 1,5 por cento da população.
Na altura do transplante os médicos suspenderam a administração dos medicamentos que o paciente tomava por ser seropositivo, para que o transplante não fosse rejeitado. Mas a surpresa surgiu nas análises sanguíneas do norte-americano, onde não foram encontrados vestígios da infecção.
Seiscentos dias depois, o corpo do paciente continua sem dar sinais de HIV, apesar de ainda estar a recuperar da leucemia.
(...), os cientistas pensam que este caso possa oferecer algumas pistas na investigação de terapias genéticas na luta contra a sida. E quem sabe, se um dia, uma cura, que para este norte-americano parece ter já chegado.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Largo do Rato - Lá vem o monstro outra vez

Texto publicado por Paulo Ferrero in Cidadania Lisboa
E lá vem o Monstro do Rato outra vez:
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Atenção aos serviços Parceiro Activo das operadoras de telemóveis
Até chegar aqui o mais certo é ter colocado o seu número de telemóvel em algum site de confiança que, através do facto de ser “parceiro activo” da operadora com o número 4747, faz com que esta assuma que deu a concordância para aquele débito. Porém, o facto é que isto não é mais do que smam (lixo electrónico), devendo ser participado de imediato às operadoras.
Em alguns casos, para a Vodafone é suficiente enviar uma mensagem com a palavra “SAIR” para o 3345, sendo que nas restantes operadoras se recomenda o contacto com as mesmas para solucionar mais este caso de esperteza saloia.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Frente Ribeirinha. Espectáulo lamentável hoje na CML - Sousa Tavares escoltado pela polícia

segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Viva o Bairro Alto - Petição contra o encerramento do bares ás 2 da manhã

“Ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Somos frequentadores, moradores e comerciantes do Bairro Alto, e estamos visivelmente satisfeitos com as decisões tomadas por V.Exa. relativas à limpeza das ruas deste bairro típico da cidade e à promoção da segurança nessas mesmas ruas.
Contudo, de forma alguma podemos concordar com a limitação do horário de funcionamento dos bares até às 2 horas da manhã.
O Bairro Alto, principalmente desde a chegada do Metropolitano à estação da Baixa-Chiado, tem-se tornado o espaço nocturno por excelência de Lisboa. Não só devido a esse facto, mas porque muitos e muitos cidadãos preferem aquelas ruas, aquele espaço, toda uma envolvência que o torna o espaço ideal da cidade para estar à vontade com os amigos, um espaço de alegria e diversão como nenhum outro, decididamente insubstituível.
É, para além disso, a zona de diversão nocturna mais procurada pelos estrangeiros que visitam Lisboa, onde podem jantar numa zona tão típica e também divertir-se. Um encerramento dos bares às 2 horas vai proceder a um corte abrupto na tão animada vida nocturna do Bairro Alto.
Os frequentadores dos bares, na sua grande maioria, não estão interessados em dirigir-se a qualquer discoteca, dentro ou fora do Bairro. A muitos não lhes agrada qualquer outra zona da cidade para sair à noite. Aliás, a grande maioria das outras zonas de diversão nocturna, ou mesmo todas, estão ocupadas por espaços de filosofia totalmente diferente.
Não é também por acaso que moradores e comerciantes não concordam com tal medida. Os moradores sabem que muito do seu ganha-pão provém da actividade hoteleira ali exercida. E que a consequência prática da imposição desse horário de encerramento será inevitavelmente a perda brutal de receitas, transferidas para outras zonas da cidade ou mesmo para os hipermercados, pois se calhar muita gente passará a optar por festas em casa...
Por outro lado, essa medida é totalmente contraditória com o recente estabelecimento, através do Governo e da Carris, do serviço shuttle a ligar o Bairro Alto a Belém entre as 22.00 e as 5.00, bem como com o reforço da Rede da Madrugada nas noites de fim-de-semana e vésperas de feriado para intervalos de 30 minutos, medidas essas que representam um substancial incentivo ao uso do transporte público e à não utilização de automóvel para saídas nocturnas, e que como tal são sem dúvida merecedoras dos maiores elogios.
Não podemos deixar de ter em conta que o Bairro Alto é a zona de diversão nocturna mais bem situada da cidade em termos de transportes públicos, não só pela estação de metro Baixa-Chiado e pelos autocarros, designadamente o 202, como também por se encontrar muito próximo dos Restauradores, Rossio e Cais do Sodré. E não será certamente por acaso que a Carris escolheu o Cais do Sodré para terminal da grande maioria das carreiras da Rede da Madrugada.
Por fim, queremos alertar para os problemas de segurança que podem vir a verificar-se por consequência do novo horário. Não só uma saída em massa de pessoas à mesma hora de uma mesma zona pode causar problemas a vários níveis, designadamente por a possibilidade de ocorrência de rixas aumentar substancialmente (o que não acontece com o horário actual, atentas as características da zona, que leva a que as pessoas vão saindo aos poucos), como a diminuição do número de pessoas presentes pode levar a que certas áreas se tornem apenas frequentadas por indivíduos cuja presença em quase exclusivo se torne intimidadora para a generalidade dos cidadãos, facto que prejudicará em última análise e acima de tudo os comerciantes.
Por isso, Sr. Presidente, apelamos a que o horário de abertura dos bares no Bairro Alto se mantenha até às 4 horas, sendo que tal horário, como é certamente do seu conhecimento, apenas se efectiva aos fins-de-semana, pois durante a semana os bares fecham não depois das 2 horas.
Viva o Bairro Alto! “
A isto remataria a titulo pessoal com o exemplo do que aconteceu na Ilha de Tavira em que Macário Correia, depois do encerramento dos bares mais cedo, se viu a braços com o inicio da prática do botellón (prática de compra de bebida em supermercados e consumo posterior na rua) com consequências imprevisíveis ao nível da criminalidade, devido ao fecho dos locais.
Para assinar: http://www.petitiononline.com/bairalto/petition.html
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Carta aberta ao Presidente da Câmara de Lisboa

O Sr. Dr. António Costa, depois de o ter feito em plena reunião de CML aquando da votação de mais um episódio da novela do 'Mono do Rato', que suscitou uma petição lançada por este blogue com vista a impedir a construção de um edifício de volumetria desproporcionada em pleno Largo do Rato, voltou ontem a misturar alhos com bugalhos, desta vez no programa da TSF/SIC.
Queira sobre este assunto manifestar algum respeito, mais não seja intelectual, pelos autores da petição, nos quais me incluo, petição essa que em parte alguma menciona a destruição do chafariz de Carlos Mardel no Largo do Rato.
Ou V. Exa. não faz a mais pálida ideia do conteúdo do texto da dita (o que não creio), ou os seus argumentos apresentam-se imbuídos de extrema má fé e calúnia.
O método é o de sempre: lançar a suspeita e a maledicência para desvalorizar um acto de cidadania. Politiquice pura e da barata, vergonhosa vinda de quem vem.
Utilize argumentação construtiva, útil para o esclarecimento do cidadão e de caminho faça-nos um favor. Respeite a opinião de quem não partilha da sua.
Jorge Santos Silva
terça-feira, 30 de setembro de 2008
O caso Lisboagate (?)

Segundo o Expresso, “não há, nem nunca houve, regulamento para a concessão das referidas casas. Qualquer pessoa pode oferecer-se para arrendar as casas e existem formulários internos na CML para preenchimento de propostas de funcionários. O critério para a escolha dos inquilinos fica entregue ao poder discricionário do vereador da habitação.”Ou seja, as referidas habitações têm sido atribuídas a pessoas com maiores necessidades, mas também (como em todo o lado quando não existem critérios) a dirigentes
e funcionários da câmara, jornalistas, artistas, amigos …
Eis apenas alguns exemplos de beneficiários presentes e passados do referido esquema: Ana Sara Brito, actual vereadora do PS; um actual director de um departamento camarário; um membro da equipa de Marcos Perestrello (actual n.º 2 da CML); o motorista de Santana Lopes, a secretária de Amália Rodrigues, o escritor Baptista Bastos. Estes são apenas alguns exemplos que já vieram a público. Para agravar a situação, a discricionariedade na atribuição de casas da CML era um modelo conhecido por toda a gente. Os pedidos para atribuição no referido regime (a famílias carenciadas, é certo) já tiveram origem em instituições tão diversas como a Presidência da República ou a Procuradoria-geral da República, ou em personalidades como Maria Barroso, Manuela Eanes ou Margarida Sousa Uva.
Como se não bastasse, o problema existe há mais de 30 anos, desde Aquilino Ribeiro Machado, primeiro presidente da CML em democracia. Subsistiu até hoje passando pelos mandatos de Cruz Abecassis, Jorge Sampaio, João Soares, Santana Lopes e Carmona Rodrigues. Um esquema com barbas. "Todos me pediram casas" afirma Helena Lopes da Costa, ex-vereadora da habitação de Santana Lopes e actualmente arguida neste processo. Trata-se de uma situação que já havia sido denunciada por Maria José Nogueira Pinto que lhe sucedeu no pelouro ao afirmar ao Público de 21 de Setembro de 2008 e cito: A oferta municipal de habitação em Lisboa “está viciada”, disse ao PÚBLICO Maria José Nogueira Pinto. A ex-vereadora confirmou que detectou casos anómalos, que remeteu, para decisão, para o então presidente Carmona Rodrigues. Recordou que tentou levar a câmara a aprovar um pacote de critérios rigorosos para a atribuição do chamado património disperso. Segundo ela, este não devia ser distribuído a pedido, mas sim funcionar como “uma bolsa afecta a políticas públicas da habitação”. “Mas foi tudo por água abaixo”, desabafou.
Em torno deste caso que surgiu esta semana, ouve-se um silêncio ensurdecedor por parte dos diversos partidos. Estranho, não é? Porque será? Ah pois é... PS, PSD, PCP e CDS passaram pelo Executivo camarário nos últimos 30 anos. O Lisboagate é algo que não convém a ninguém.Agora é Sá Fernandes a afirmar que “nem pensar em Ana Sara Brito vereadora do PS no actual executivo camarário e beneficiaria de idêntico tratamento se demitir, justificando que "foi uma coisa entre a vereadora e o engenheiro Abecassis, com um contrato de arrendamento, com critérios da altura". Que cordeirinho que nós estamos amigo Zé.
É obvio que o facto da vereadora se encontrar em funções leva a que todo o executivo da câmara, o directamente eleito e/ou posteriormente coligado, opte por considerar tais situações como naturalíssimas (?), caso que se fosse efectuado por uma qualquer oposição, o que seria...
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Salvem o Largo do Rato - Entrega da Petição à Assembleia da República
Foi entregue por nós, na Assembleia da República, a petição que decorre na internet denominada "Salvem o Largo do Rato".
Foi um passo muito importante este, o de sermos recebidos pelo chefe de gabinete de Sua Excelência o Sr. Presidente da Assembleia da República que, mostrando a sua solidariedade para com a causa por nós abraçada, também referiu o seu contentamento pela acção civica assim demonstrada.Partindo de um puro acto de cidadania, conforme por nós referido na altura a Sua Ex.cia e independente de quaisquer intenções politicas, partidárias ou económicas, esta forma de protesto contra a descaracterização de uma das mais emblemáticas zonas de Lisboa, é comungada por quase cinco mil cidadãos que assinaram já a petição.
Em nosso entender e na sequência da conversa ali tida, o que melhor se adequa ao espaço em causa é um jardim, projecto já pensado na altura em que Jorge Sampaio era detentor da gestão do município da capital. A esta solução, poderia ser acrescentada, para ser debatida em conjunto, a ideia da cedência aos promotores, de um espaço camarário, nomeadamente o do mercado do Rato,na R. Alexandre Herculano, que contivesse em si próprio, capacidade construtiva, mas que não comprometesse aquela zona da cidade, desfigurando-a definitivamente.
Conjuntamente com a petição foi também entregue uma carta, solicitando á Assembleia da República que legisle, no sentido de prever a figura do crime urbanistíco e que introduza também legislação específica, no sentido da preservação e protecção da traça arquitectónica, bem como a manutenção do equilíbrio urbanístico das zonas consolidadas das cidades portuguesas, a começar pela sua capital.
Luís Marques da Silva
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
O aumento da criminalidade

Esta tendência é sentida sobretudo devido à falta de empregos disponíveis.
Depois de se ter sentido como nunca a entrada de imigrantes, Portugal foi na última década refugio para todo o tipo de pessoas. Os que contribuíram para a economia do país e, hoje por cá estão perfeitamente integrados, tantas vezes já com famílias constituídas e os que, ou por quebra de oferta de trabalho tantas vezes precário devido à sua situação irregular, ou por marginalidade antecedente, são lançados para as malhas do crime.
O certo é que o crime violento não pára de aumentar, com recurso cada vez mais a técnicas de malvadez pouco habituais entre nós. O tiro à queima-roupa sem pestanejar para roubar uma carteira já não é estranho por cá.
Seria interessante e não vejo nisso qualquer xenofobia, vir a publico o número de cidadãos estrangeiros que nos últimos anos atentaram contra o património e a segurança deste pacato canto que não sabia a não ser dos filmes o que era esta violência diária.
Do resultado obvio dessa informação volta-se a questionar o que andam a fazer os nossos políticos, únicos responsáveis pela actual situação, que não fazem barrar junto do Serviços de Estrangeiro e Fronteiras aqueles que não demonstrem condições de trabalho nos países de origem para evitar os falsos vistos de turista, ou cartas de trabalho devidamente apreciadas antes da entrada de tudo o que de pior há. Seguramente que a criminalidade, principalmente a violenta diminuía.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Morreu Irena Sendler, a heroína polaca que salvou 2500 crianças do Gueto de Varsóvia

Sendler foi considerada como uma das grandes heroínas da resistência polaca ao regime nazi, tendo estado nomeada para o Prémio Nobel da Paz.
A filha de Irena Sendler, Janina Zgrzembska, anunciou hoje que a sua mãe morreu num hospital de Varsóvia.
Sendler organizou a saída de cerca de 2500 crianças do Gueto de Varsóvia durante a violenta ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial.
Sendler (que trabalhava como assistente social) e a sua equipa de 20 colaboradores salvaram as crianças entre Outubro de 1940 e Abril de 1943, quando os nazis deitaram fogo ao Gueto, matando os seus ocupantes ou mandando-os para os campos de concentração.
Durante dois anos e meio, Irena Sendler conseguiu ludibriar os nazis e fazer sair do Gueto adolescentes, crianças e bebés - muitos deles disfarçados sob a forma de pacotes - e enviá-los para o seio de famílias católicas, para orfanatos, conventos ou fábricas. Em Varsóvia viviam 400 mil dos 3,5 milhões de judeus que habitavam a Polónia. "Fui educada na ideia de que é preciso salvar qualquer pessoa, sem ter em conta a sua religião ou notoriedade", dizia Irena Sendler.
Nascida a 15 de Fevereiro de 1910, a figura de Irena Sendler permaneceu relativamente desconhecida na Polónia, à imagem de Oskar Schindler, que morreu na pobreza, mas que viria a ser imortalizado no cinema pelo realizador Steven Spielberg na película "A Lista de Schindler".
Só em Março de 2007 a polaca foi homenageada de forma solene no seu país, tendo o seu nome sido proposto para o Prémio Nobel da Paz. Em 1965, porém, o memorial israelita Yad Vashem tinha já atribuído a Sendler o título de "Justo Entre as Nações", reservado aos não-judeus que salvaram judeus.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
ARTIGO DE NUNO MARKL PARA OS TRINTÕES

E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta.
O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.
'Quem?', perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo?
A própria música: 'Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...' era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.
O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual...
E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.
Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.
Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos:Ele nunca subiu a uma árvore!
E pior, nunca caiu de uma. É um mole.
Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema.
Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos.
Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos.
Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.
Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador.
Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.
Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.
Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído.
Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', que não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.
Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.
Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo.
Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia.
E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade?
E ainda nos chamavam geração 'rasca'... Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto.
Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.
Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.
Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.
É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.'
(Nota: ...os chocolates não eram gamados no 'Pingo Doce'... Ainda se chamava 'Pão de Açúcar'!!!)
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Macário Correia e a violência na Ilha de Tavira

O referido autarca, solicitou ao ministro da Administração Interna legislação para impedir o consumo de bebidas alcoólicas ao ar livre a partir de determinadas horas. Culpa os jovens espanhóis uma vez que os nossos vizinhos já adoptaram uma lei similar à que o autarca gostaria de ver aplicada, o que faz no verão a Ilha de Tavira assistir a verdadeiras rumarias de praticantes do “botellón” vindos de Espanha.
Questiono se, por mero acaso e sem a concordância de ningúem, não tivesse Macário Correia dado ordem de encerramento dos bares de praia a partir das 21h (antes tinham licença até ás 2:00h), se tal situação aconteceria? Creio bem que não. Nunca tal situação aconteceu até esta data pelo que, senhor presidente, em vez de estar a solicitar leis a seu gosto que prejudicaria o comércio de terceiros, veja-se o que seria o Bairro Alto em Lisboa, onde os espaços exíguos levam toda a rapaziada a beber saudavelmente os seus “copos” no meio da rua, a ver essa liberdade tolhida por uma lei que aliás é bem a sua cara e Lisboa não se esqueceu disso.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Mais um assalto violento

Com assaltos deliberadamente violentos, onde se mata para roubar meia dúzia de euros dos bolsos de um gasolineiro, a assaltos bancários como os que se têm assistido, de tudo se vê. Desde gangues juvenis a grupos organizados de imigrantes (ilegais espero), de tudo tem acontecido neste outrora pacato país, sob o olhar sonolento e inoperante da tutela que continua a entender que não há razões para medidas excepcionais já que de acordo com as estatísticas (sempre as estatísticas), só os assaltos por esticão aumentaram. Ou o senhor ministro não pesca nada disto (o que me parece obvio), ou está a gozar connosco (também uma forte hipótese).
Salvo óbvias excepções está claro, qualquer dia é seguríssimo ir passar férias ao Brasil (que adoro), já que os ladrões estão cá todos.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Convento de Nª Sª da Conceição de Arroios - Hospital de Arroios


Freguesia: São Jorge de Arroios
Na última década, o hospital tem estado fechado e sem qualquer uso e o perigo iminente a que o convento e igreja que se avistam na rua Quirino da Fonseca - a zona mais nobre do imóvel - e que fazia parte do antigo colégio conventual da Companhia de Jesus, é preocupante. Construído em 1705, com financiamento de D. Catarina de Bragança, o convento de Arroios funcionou até 1755 como colégio de formação dos jesuítas, missionários no Oriente. Resistente ao terramoto de 1755, o convento não resistiu, porém, às ordens do Marquês de Pombal, que em 1756 expulsou os jesuítas e o mandou ocupar pelas freiras Concepcionistas Franciscanas.
Em 1890, o convento ficou devoluto e o Estado tomou conta do imóvel, que foi transformado num hospital. O antigo espaço conventual sofreu então alterações: o aumento de um piso no seu corpo principal e outros acrescentos feitos nos anos 40/50 do século XX.
Urge pois deitar mão deste património enquanto aguarda pelo desfecho que o conduzirá a um qualquer condomínio. Com alguma sorte (mas só com isso) a parte conventual resistirá à espera.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008
JN - "Gigante" do Largo do Rato sem licença

É que o projecto de arquitectura deste prédio foi aprovado em 2005, no mandato de Santana Lopes (PSD), com despacho assinado pela então vereadora social democrata Eduarda Napoleão. Ou seja, o edifício está aprovado pela Câmara desde 2005, mas esta, três anos depois, não autoriza a sua construção, o que poderá levantar questões de direitos adquiridos do promotor da construção, a Aldiniz.
É este o "cheque" que Costa diz não querer pagar, já que uma sindicância feita por este Executivo socialista não detectou qualquer incumprimento legal que torne o processo nulo.
Desconfortável é a posição do PSD. Foi este partido que aprovou o projecto em 2005, mas ontem, através da vereadora Margarida Saavedra, o PSD mostrou-se totalmente contra "esta excrescência, um edifício desaquado e insuportável para aquela zona".
Já Helena Roseta, do Movimento Cidadãos por Lisboa, bateu-se pela anulação do despacho devido a incumprimento legal.
Quanto ao promotor da petição, Jorge Santos Silva, clama vitória e revelou ao JN que "pretende-se agora uma discussão pública sobre o projecto", sugerindo como alternativa que o projecto ocupe o espaço devoluto do Mercado do Rato, "cuja área é similar à pretendida e com a vantagem de ser um terreno camarário".
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Largo do Rato - Agradecimentos
É ainda uma meia vitória mas muito importante. A cidadania imperou e sem este movimento de protesto nada seria possivel. Obrigado assim a todos os que assinaram a petição, aos que a divulgaram incansavelmente pelos seus amigos e, muito em especial, ao Cidadania Lisboa pelo apoio.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Crimes Urbanisticos - Escola-Oficina nº 1



A importância da edificação, mais do que pelo seu valor arquitectónico, prende-se com o seu simbolismo e história.
Trata-se então de uma construção de 1877, levada a cabo pela Sociedade Promotora de Creches, em projecto cedido gratuitamente pelo arq. Domingos Parente e aprovado pelo então Presidente da Câmara Rosa Araújo, tendo passado por isso a designar-se de Creche de Santa Eulália, em homenagem à mãe do edil.
A este projecto esteve intimamente ligada a Maçonaria portuguesa onde deixou marcas profundas, seja pelos métodos de avaliação, experimentação ou co-educação, onde não era utilizado o sistema de tradicional de livro único, mas o que melhor se adaptasse para o trabalho do dia experiência esta que não sobreviveu ao Estado Novo.
Após um período em que funcionou noutro local, regressa ás primitivas instalações em 1906, onde virá a adquirir enorme projecção nacional e internacional em matéria de ensino, adoptando um projecto por muitos considerado avançado para o seu tempo, baseado numa escolaridade laica, gratuita e obrigatória.
Será na “nº1” que surgirá a primeira experiência associativa de estudantes com a denominada associação escolar “Solidariedade” inteiramente gerida pelos alunos.
Estes são alguns dos factos que por si só merecem um repensar da situação.
Como dizia um morador da zona em site consultado para este efeito, "o soalho range, as salas estão frias e nuas, mas ainda se sente a alegria e a algazarra dos miúdos nos tempos de escola."
É pena que se persista em apagar a memória viva, deixando para a história a função de recordar o que um dia a vontade de um homem criou e outro destruiu.
sexta-feira, 18 de julho de 2008

Triste sorte acabar cedida a interesses cuja história em que se viu envolvida sempre desdenhou! José Saramago, prémio Nobel da Literatura de 1998 e agora senhor da Casa dos Bicos, numa entrevista publicada no "Diário de Notícias" defendia, que Portugal deveria tornar-se uma província de Espanha e integrar um país que passaria a chamar-se Ibéria para não ofender "os brios" dos portugueses. E mais: o escritor, que reside há anos na ilha espanhola de Lanzarote, considera que Portugal, "com dez milhões de habitantes", teria "tudo a ganhar em desenvolvimento" se houvesse uma "integração territorial, administrativa e estrutural" com Espanha. Portugal tornar-se ia assim, sugere Saramago, mais uma província de Espanha: "Já temos (já temos é expressão do autor) a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla La Mancha e tínhamos agora Portugal".
A esta afronta se a resposta à data por parte do governo português foi frouxa e tardia, Saramago foi grosseiro e mal agradecido, exibindo um livre pensamento carregado de ressentimentos. Se Saramago tivesse atacado a independência de Espanha, se acaso Espanha fosse a sua pátria, qual pensam que teria sido a resposta da sociedade espanhola e do seu governo central?
quarta-feira, 2 de julho de 2008
76 anos sobre a morte d'el-rei D. Manuel II

No dia 2 de Agosto o cortejo funebre chegado de Inglaterra (do exilio), é recebido com honras de chefe de estado pelo governo de Salazar.
O que diziam os jornais do dia:
«Lisboa assistiu ao fineral do último monarca português.
No final da cerimónia o povo foi prestar a derradeira homenagem ao seu último Rei.
Durante horas sucessivas milhares e milhares de pessoas entraram no templo, contornaram a eça e sairam ,com a mesma atitude com que entraram: tristes e silenciosos.
Houve que alargar o tempo prescrito para a saudação popular(…)»
«Agora resta a saudade, recordação próxima. Amanhã será o esquecimento que é afinal no que acaba sempre tudo».




sábado, 5 de abril de 2008
O roubo das Joias da Coroa




ANEL - Séc. XVIII, 2ª metade. Técnica: Ouro matizado, prata, brilhante talhe coxim antigo. Suporte: Ouro, prata, brilhante. Forma: redonda. Objecto único. Dimensões: 2,6 cm largura, 3,2 cm altura, 2 cm espessura, 20 gramas (total), 37,5 quilates (gema). Sem assinatura. Origem: Portugal. Brilhante com meio tom.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Petição online - Largo do Rato - Crimes urbanisticos à solta em Portugal - 3.
Chafariz do séc XVIII ao lado do qual irá surgir o edificio.
O texto que se segue é retirado da revista 24 Horas de 8-03-2008 por Paula Freitas Ferreiro
"Salvem o Largo do Rato" é o nome de uma petição que já circula na Internet para impedir a construção de um edifício da autoria dos arquitectos Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus.
O projecto foi aprovado em 2005 pela vereadora Eduarda Napoleão, sob a égide de Pedro Santana Lopes. Mas cabe ao actual vereador da divisão de Urbanismo, Planeamento e Reabilitação da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Salgado, dar o "sim" final para o arranque das obras. Algo que o responsável não vai assumir sozinho...
Já são muitos os que se estão a juntar para impedir que surja um "monstro" no Largo do Rato. Para além da petição online (presente no blogue Lesma Morta de Jorge Santos Silva), o blogue Cidadania LX também já veio em defesa do local. A acusação que paira sobre o projecto é forte: "Prepara-se para descaracterizar definitivamente esta zona lisboeta e (...) obrigará à demolição de alguns imóveis, nomeadamente a centenária Associação Escolar de São Mamede. Já a sinagoga de Lisboa ficará quase tapada. O chafariz do Rato e o Palácio de Palmela, actual (cont.)
(continuação) Procuradoria-Geral da República, que se localiza mesmo ao lado da obra, perderão totalmente a sua leitura visual", pode ler-se no texto da petição. O repto lançado é claro: "Quanto à edilidade exige-se que interrompa já este despropósito, sob o risco de ficar na história da cidade como responsáveis por tal vergonha", diz o autor do apelo.
Apesar do projecto não ser de agora, a polémica estalou quando o semanário "Expresso" publicou no final do ano passado fotografias de como ficará a zona depois do edifício (de habitação e comércio) estar construído.
(...) "Este projecto é uma herança. O vereador nunca teria decidido pela aprovação do projecto sem antes o ter levado a reunião de Câmara", afirmou fonte próxima de Manuel Salgado. No entanto o vereador já tinha dado a sua opinião ao "Expresso" no tal artigo: "[o edifício] é uma provocação, tal como a Casa da Música, no Porto. Terá detractores e entusiastas, pois não é um edifício anódino. Destaca-se de toda a envolvente. Como arquitecto agrada-me.
Quem não está nada entusiasmado com a possibilidade do edifício vir a ocupar aquela zona de Lisboa é o vereador do PCP, Ruben de Carvalho. "Sou inteiramente contra por questões estéticas e urbanísticas, (...) um espigão ali metido não faz sentido nenhum (...). Espero que não passe em reunião de Câmara (...).
José Sá Fernandes é outro dos que não vêm com bons olhos o edifício. "O meu voto contra está garantido. Acho aquilo muito mau. Não se integra bem na zona, não tem em conta espaços como a Sinagoga e mesmo o Largo do Rato. Tem uma volumetria exagerada para aquele sítio. Espero que ainda se vá a tempo de voltar atrás. O que eu gostava mesmo é que os próprios promotores do projecto, voltassem atrás", afirma o vereador do Bloco de Esquerda.
Carmona Rodrigues (...) recorda-se do projecto. "Lembro-me que é algo diferente, com uma arquitectura um pouco moderna, que se impõe ali de uma forma dissonante tendo em conta o edificado à volta. Mas lembro-me também que havia mais questões a discutir como a questão da Sinagoga ou a proximidade do Metro... Vou aguardar pela proposta ( e então, na altura, irei pronunciar-me".
Fernando Negrão também está à espera de saber mais pormenores. " A única informação que tenho é a das fotografias que o "Expresso" publicou e o que posso dizer é que o impacto visual não é agradável", diz o vereador do PSD (...).
Helena Roseta não se quis pronunciar pois segundo a sua acessora, ainda não temos sequer a informação que o projecto vai a reunião de Câmara".Fotomontagem, Expresso. Composto por 7 pisos acima do solo e 5 de estacionamento, com fachadas entre os 19 e os 22 metros, 10.000 metros quadrados em gaveto.
Fotomontagem, Expresso.

Salvem o Largo do Rato
Por Jorge Santos Silva
Da autoria de Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus, este enorme edifício entre o Largo do Rato, Rua Alexandre Herculano e Rua do Salitre, teve agora luz verde dada pela autarquia lisboeta aos projectos de especialidade. Composto por 7 pisos acima do solo e 5 de estacionamento, com fachadas entre os 19 e os 22 metros, 10.000 metros quadrados em gaveto com apartamentos T0 e T2, trata-se de uma construção que pela volumetria rebenta totalmente com a escala do Largo. O projecto a construir prepara-se para descaracterizar definitivamente esta zona lisboeta e onde para servir tais propósitos o novo prédio obrigará à demolição de alguns imóveis, nomeadamente a centenária Associação Escolar de São Mamede. Já a Sinagoga de Lisboa ficará quase tapada. Esther Mucznik, vice-presidente da comunidade judaica, evoca o cenário um dia discutido quando Jorge Sampaio presidia à Câmara: rasgar um jardim em direcção ao Rato, de modo a abrir a Sinagoga à cidade. Um sonho que passou “Agora estamos encurralados. Mais ficaremos”...
O Chafariz do Rato, da autoria de Carlos Mardel, Sec. XVIII e o palácio Palmela, actual Procuradoria Geral da República, que se localizam mesmo ao lado da obra, perderão totalmente a sua leitura visual.
A construção do edifício obrigará à demolição de imóveis como a centenária Associação Escolar de São Mamede (em cima) e deixará a Sinagoga de Lisboa, 1902-1904, da autoria do Prémio Valmor, o arq. Ventura Terra, totalmente emparedada.
É no passeio em 1º plano que se erguerá a construção em causa.
Em 2º plano o Chafariz do Rato, de autoria atribuída a Carlos Mardel, com a balaustrada ladeada pelos muros que sustentam o jardim da antiga Quinta dos Duques de Palmela, agora Procuradoria Geral da República que com a contrução projectada perdará totalmente a sua leitura.