Salvem O Museu dos Coches Petição

Salvem O Museu dos Coches Petição
Petição: Salvem os Museus Nacionais dos Coches e de Arqueologia e o Monumento da Cordoaria Nacional!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Mais uma "pérola" do nosso governo

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UM SÍMBOLO DE PORTUGAL EM ESPANHA

Há cerca de seis meses, circulou pela Internet uma mensagem que dava conta da intenção do Governo realizar uma reestruturação consular, que englobaria o encerramento do Consulado-Geral de Portugal em Sevilha.

De então para cá tem havido numerosas chamadas de atenção para este assunto, incluindo apelos para os principais responsáveis políticos nacionais. E este interesse não decorre apenas do aspecto histórico-cultural.

Na verdade, as taxas de crescimento da economia da Andaluzia têm sido das mais elevadas das Regiões espanholas, abrindo-se, desse modo, as melhores perspectivas para a economia das zonas da raia portuguesa.

O interesse despertado nos agentes económicos e sociais da Andaluzia pelos programas de desenvolvimento transfronteiriço, que englobam os nossos distritos alentejanos e o Algarve, tem proporcionado um apreciável incremento das relações empresariais entre os dois lados da fronteira, com benefícios óbvios para a economia do sul do nosso País.

Contudo, para nossa grande surpresa, parece manter-se, da parte do membro do Governo responsável pelos serviços consulares, a intenção de extinguir o Consulado-Geral em Sevilha, transformando-o num mero escritório gerido por pessoal contratado, com remunerações habituais para quem exerce funções públicas no estrangeiro, retirando-lhe, contudo o carácter diplomático.

Como o edifício em causa, pavilhão de honra da representação de Portugal na Exposição Latino-Americana de Sevilha de 1929, propriedade do Ayuntamiento, foi então cedido a Portugal por 75 anos, especificamente para consulado de carreira, em 2004 verificou-se a negociação quanto ao futuro. Perante a hipótese de mais 30 anos, colocada pelo Ayuntamiento, Portugal contrapropôs o prazo de 50 anos.

As negociações chegaram a bom termo, através de um Convénio assinado em 9 de Junho de 2004, subscrito pelo Alcalde de Sevilha, em representação do Ayuntamiento e pelo Embaixador de Portugal em Madrid, em representação da República Portuguesa.

Nos termos desse Convénio, a concessão do direito de superfície e do usufruto do edifício, renovada até 2054, tem carácter gratuito e goza de isenções fiscais, facilidades e privilégios estabelecidos para a sua utilização como Consulado.

Custa a entender a razão pela qual o Governo se propõe abandonar este edifício, construído por arquitectos prestigidaos do século XX (os irmãos Carlos e Guilherme Rebelo de Andrade) e outros artistas portugueses, com materiais nobres idos de Portugal, no chamado estilo historicista ou neojoanino, em muito razoável estado de conservação e que assegura uma representação de alto nível do nosso País na Andaluzia.

Segundo opinião recolhida no local, parece inclusivamente ser possível criar ali algumas salas para representantes da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e do Instituto Camões, dado a nossa língua ser ensinada em universidades da Andaluzia, havendo um crescente interesse por parte dos estudantes.

Naturalmente, nos termos do Convénio de 2004 e tal como já constava do Decreto Real de 1929, o edifício reverterá para o Ayuntamiento logo que cesse a representação consular assegurada por diplomata de carreira. O Alcalde já comunicou formalmente ao Governo português que deseja ser informado da data em que se verificará a extinção, a fim de decidir sobre a sua utilização futura.

Os jornais espanhóis já deram conta do interesse manifestado pela Baronesa Thyssen, para criar um pólo do Museu Thyssen de Madrid, e pela Fundação Maria de las Mercedes, em memória da Condessa de Barcelona, Mãe do Rei D. Juan Carlos.

Por um leitor identificado

O desAcordo

Senhor Director,
Vasco Graça Moura veio chamar atenção para um acto de legitimidade duvidosa que parece ir ser praticado sobre a língua portuguesa.
No seu artigo de opinião, na edição do DN de 21 de Novembro corrente, o autor demonstra claramente que a apregoada unidade linguística não passa de mais uma habilidade com que nos têm brindado diferentes responsáveis políticos.
Convirá recordar que foi o mesmo governo que tomou a tão discutível decisão sobre apoio à intervenção militar no Iraque, com base em informações agora reconhecidas como erradas, que, em 26 Maio de 2004, em Fortaleza, numa reunião de Ministros da Educação da CPLP, definiu que o polémico Acordo Ortográfico de 1990 poderia entrar em vigor com o depósito dos instrumentos de ratificação por apenas três dos oito países signatários! Foi um acto premonitório do simplex… aplicado à diplomacia.
Qualquer dia vamos ter de ouvir que, de facto, o acordo ortográfico também foi aprovado com base em informações que não eram totalmente verdadeiras… mas que tal decisão também foi boa para o País, porque permitiu dar mais projecção internacional a algum ou alguns dos signatários.
Se a moda pega, não virá longe o tempo em que nos será imposto um novo acordo para tornar obrigatória a escrita ultra simplificada das mensagens de SMS, tão utilizada já pelas camadas mais jovens.
Obrigado Vasco Graça Moura! Está a prestar mais um bom serviço em defesa da nossa Língua.
Com os melhores cumprimentos,

José Honorato Ferreira

Carta que nos foi enviada por um leitor. Para consulta ao artigo de Vasco Graça Moura que lhe deu origem ver link: http://dn.sapo.pt/2007/11/21/opiniao/o_desacordo.html

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Está aberta a caça à multa

Com a época de Natal está aberta a caça à multa em todo o país e Lisboa não é excepção. O Presidente António Costa já deu indicações claras e a partir de Janeiro, quando as coimas forem todas direitinhas para os cofres da autarquia por via das entidades privadas vocacionadas para o lucro, vai ser a desgraça total. Sem dó nem piedade, numa cidade sem quaisquer infraestruturas de estacionamento que suportem os veiculos que todos os dias a procuram, o negócio vai ser um verdadeiro maná. Recomenda-se pois à autarquia algum tino, pois que se algumas são justas e evidentes, outras revelam claramente um abuso de quem só por via de uma lei absurda, passou a ter autoridade de multar, como sejam os funcionários da EMEL, na sua grande maioria de instrução (leia-se por simpatia, formação técica) duvidosa.
O autor do blog.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Greve da Função Pública dia 30 de Novembro

É evidente que só verdadeiros "priviligiados" se podem permitir ter aumentos salariais inferiores à inflação, perdendo poder de compra, desde 2000.
TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Contra a baixa do poder de compra:
O Governo avançou uma proposta de aumento de 2,1% (...). Na realidade, o Governo propõe mais do mesmo: perda de poder de compra para os trabalhadores da Administração Pública. (...) Não há qualquer compensação, (...), os "aumentos" propostos são uma vergonha porque em nada melhoram a situação dos trabalhadores e agravam, ainda mais, a situação dos aposentados. Quanto ao descongelamento dos escalões e de prémios que dizem passar a haver a partir de 2008, "esquecem-se" de dizer que só serão aplicáveis a um número muito reduzido de trabalhadores e com base em critérios injustos (...). Contra o despedimento colectivo na Administração Pública, o Governo avançou também com um conjunto de medidas que visam empurrar os trabalhadores para fora da Administração Pública, criando armadilhas para atrair os trabalhadores para a Mobilidade. O alargamento da Mobilidade Especial aos trabalhadores em Contrato Individual de Trabalho deixa antever que a intenção do Governo, ao invés de os integrar nos serviços (onde fazem falta), é de os despedir. Assim, dá-lhes a escolher entre serem logo despedidos ou ficarem a "marinar" durante um ano. O Governo quer enganar os trabalhadores, apresentando como mais vantajosa a mobilidade voluntária do que a forçada, "incentivando" os trabalhadores a aceitar a inactividade e a redução do salário. (...) Isto é um engodo porque os tais "incentivos" só se aplicam a quem for concedida licença extraordinária, e esta só será apetecível para quem tiver outra actividade no sector privado. Ora, conhecendo a situação de desemprego no país, rapidamente nos apercebemos que os "incentivos" não são para a generalidade dos trabalhadores. É claro que os trabalhadores não abdicam nem do seu salário nem do seu trabalho e que não aceitam a política de despedimentos encapotados na Administração Pública. Quanto à aposentação, as "facilidades" de que tanto se fala, não são facilidades mas sim falsidades. A aposentação tem sido alvo de grandes ataques por ser uma questão que, legitimamente, muito preocupa os trabalhadores da Administração Pública. (...). A expectativa de melhoria das condições é tal que, através do recurso à boataria, se tem tentado criar nos trabalhadores a ideia de que as regras iriam ser melhoradas. Primeiro foi o boato dos "90 anos" e agora a mentira da facilitação da aposentação. Com o pretexto da "convergência" com o sector privado, todas as alterações têm vindo a piorar as condições para a aposentação dos trabalhadores da Administração. O privado tem hoje condições de reforma piores, introduzidas por este Governo, porque as alterações mais recentes aumentaram a idade para aceder à reforma, o número de anos de serviço e diminuíram o valor das pensões.O que é agora apresentado é mais do mesmo, ou seja, reduz-se o tempo de serviço mínimo exigido para pedir a aposentação mas mantêm-se as penalizações. Os trabalhadores não ganham nada com esta alteração porque o que seria justo era a reposição das condições anteriores: pensão completa a quem atingisse 60 anos de idade ou 36 anos de serviço.(...). A expressão do descontentamento dos trabalhadores constitui um sério aviso ao Governo de que os trabalhadores não aceitam esta política e não vão desistir da sua luta. No seguimento das grandes lutas que se têm desenvolvido, nas manifestações e greves com cada vez maior adesão, prova-se que lutar vale a pena.A aprovação dos diplomas dos Vínculos, Carreiras e Remunerações e do SIADAP, a Lei da Mobilidade, os valores propostos para os "aumentos" salariais e a continuação do roubo nas pensões, os novos ataques às regras para a aposentação, a inclusão na mobilidade dos trabalhadores em CIT - disfarçando, por um ano, o seu despedimento - são exemplos do real objectivo do PRACE: Destruir a Administração Pública, encerrando serviços, despedindo trabalhadores, instituindo a polivalência e a precariedade, dando carta branca aos dirigentes para fazerem o que quiserem a quem quiserem.(...). Queriam (...) livrar-se de, pelo menos, 150 mil trabalhadores. Só para a mobilidade, o objectivo era de 75 mil trabalhadores. O Governo já se viu forçado a recuar e já assumiu que é um objectivo que não vai cumprir. Começaram por fazer dos trabalhadores da Administração Pública os bodes expiatórios, acusavam-nos de não trabalharem e serem os culpados do défice, os responsáveis pela degradação dos serviços públicos e de ainda por cima serem privilegiados. Assim tentaram justificar a sua política neoliberal. Mas (...) o Governo já não conseguem disfarçar a irritação por saberem que já ninguém acredita que a culpa é dos trabalhadores, porque é por demais evidente que o problema está nas políticas seguidas pelos governantes. Os trabalhadores lutaram e eles viram-se obrigados a alterar o discurso. Pensam que se melhorarem o discurso sem alterarem as políticas os trabalhadores talvez deixem de lutar e de lhes "borrar a pintura" de Governo exemplar (...). Mas os trabalhadores não se deixam enganar e vão continuar a lutar.A luta é o caminho e continua já no dia 30 de Novembro.Lisboa, 9 de Novembro de 2007.
Excerto do Manifesto do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores.
E por solidariedade com o que consideramos ser uma causa justa, este blog no dia 30 estará de...

domingo, 25 de novembro de 2007

A lição do 25 de Novembro de 1975

Na foto: o Coronel Jaime neves - Comerora-se este fim de semana, o 25 de Novembro. Foi graças ao que aconteceu nessa jornada já remota de 1975 que Portugal pôde consolidar-se como democracia representativa de modelo europeu ocidental, enquanto se ia gradualmente esbatendo a fórmula deprimente do "manicómio em autogestão" para que tínhamos resvalado e que nos caracterizava cá dentro e lá fora. Se o 25 de Abril de 1974 teve o seu "dia seguinte", isto é, o momento a partir do qual começaram a mobilizar-se muitos cidadãos que não queriam que Portugal, após a revolução da véspera, se transformasse numa "democracia popular" de inspiração soviética, o 25 de Novembro pôs termo à escalada revolucionária a que se vinha assistindo desde o 11 de Março e que se intensificara ao longo do Verão Quente de 1975 (...). Tinha havido muitos sobressaltos pós-revolucionários queda de Palma Carlos, 28 de Setembro, queda de Spínola, prisões de empresários, questão da unicidade sindical, inviabilização do plano Melo Antunes, ataque ao congresso do CDS no Porto, discursos de Vasco Gonçalves em Almada e no Sabugo, 11 de Março, IV Governo Provisório, Verão Quente, V Governo Provisório e sua queda estrepitosa, VI Governo Provisório, a crescente insustentabilidade da situação (...). O 25 de Novembro deve-se à visão esclarecida e ao trabalho inteligente que um núcleo de oficiais, depois conhecido como Grupo dos Nove, começou a desenvolver a seguir ao 11 de Março. Os seus membros propuseram-se conter a deriva totalitária que se prenunciava, delinearam uma estratégia e uma táctica, foram capazes de se organizar conspirativamente, de planificar a sua acção, de implantar e estruturar os seus apoios, de coordenar as movimentações respectivas, enfim, de levar Costa Gomes a delegar em Ramalho Eanes o comando das operações. Outros, com destaque para Jaime Neves, Vasco Lourenço e Melo Antunes, ajudaram a resolver a questão. Portugal encontrava-se à beira da guerra civil e não se sabe que banho de sangue nos estaria reservado (...). A sociedade civil colaborou em ligação estreita com os partidos moderados, PS, PSD e CDS, a despeito do meio adverso, de uma comunicação social controlada em grande parte pelo PCP, da desorientação geral, da desinformação orientada, das intimidações de uma tropa-fandanga que chegou a andar mascarada nas ruas e que dava pelo nome de SUV ("soldados unidos vencerão") e a que Sá Carneiro, em discursos de comício, chamava os "suv...iéticos". A sociedade civil teve um papel muito importante na mentalização de que era preciso pôr cobro ao delírio revolucionário, nos comícios e tomadas de posição que organizou, na maneira como os dirigentes partidários criaram o impasse que ficou conhecido como a "greve do Governo" e na maneira como soube, depois, agarrar a oportunidade que se lhe abria para trazer o país à normalidade constitucional e política. Mas, sem a acção do Grupo dos Nove, no interior das Forças Armadas e aproveitando habilmente as cisões internas do MFA, a democracia não teria sido possível. Foi. Uma década mais tarde, entrávamos na Europa. É deplorável que Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, candidatos presidenciais que tanto e tão desastradamente apelam à memória dos portugueses, se esqueçam das terríveis perturbações que tanto o PCP como a extrema-esquerda provocaram nesse período, em nome das ideologias caducas que continuam a defender. Com isso só mostram que não aprenderam nada.
Excertos de "A lição do 25 de Novembro" por V. Graça Moura ao DN

-E por concordar-mos publicámos. O autor do blog.

Na foto ao lado o episódio simbólico da mudança na correlação de forças, nesse período que durou de 24 a 28 de Novembro, é quase anedótico. No dia 25, o (então) capitão Duran Clemente - segundo-comandante da Escola Prática de Administração Militar, que tinha ocupado a RTP - falava em directo na televisão, explicando as teses da facção mais esquerdista. De súbito, começa a dizer que lhe estão a fazer sinais, pois parece que há problemas técnicos, anunciando que voltará ao ar quando tudo estiver resolvido. Entretanto, a imagem do oficial fardado é substituída pela de Danny Kaye, no filme O Bobo da Corte. (Sugestivo).

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Salvo de ser queimado. Adopção Urgente

"Eu sou o Black, um cãozinho que dentro do azar teve felizmente um anjinho humano que me salvou da morte. Sou meigo, não mordo, assim que vejo uma pessoa quero logo enchê-la de mimos. No entanto este bom feitio de confiar sempre nos humanos ia acabando com a minha vida. Tenho vivido na rua, desde que fui abandonado. Não consigo sentir ódio pelos meus antigos donos, sempre achei que o mal talvez estivesse em mim. Nunca lhes fiz nada de mal, sempre os amei, sempre lhes fui leal, dedicado. Mas talvez isso não tivesse sido o suficiente, porque pelos vistos eles nunca chegaram a amar-me como eu ainda os amo a eles e abandonaram-me. Mas enfim, vagueava eu na minha nova vida de cão abandonado, quando uma pessoa me chamou. Tolo por festas e carente de atenção como estava, lá fui eu a correr, a abanar a cauda, na expectativa de que talvez quisessem ser meus amigos. Mas infelizmente em vez disso, bateram-me, encheram-me de óleo e preparavam-se para me pegar fogo quando ouvi uma voz que os fez parar. Era uma corajosa senhora, que lá conseguiu que me deixassem em paz. Pegou em mim e trouxe-me para um refúgio temporário, onde ela já me explicou que aguardo uma nova família, mas desta vez para toda a vida. Ela pediu ajuda às amigas do "Pé ante Pata", para me divulgarem e tentarem encontrar a tal pessoa especial que me vai fazer feliz. Por favor ajudem-me, peço-vos, preciso com muita urgência de um novo lar. Tenho cerca de 2 anos e sou de porte grande. O veterinário que me viu diz que sou cruzado de labrador."
Contactos:96 796 17 32 Mafalda G; 96 358 20 33 Vanda G; 96 503 91 02 Susana C. ou http://www.peantepata.com/
Se tiverem oportunidade e se se emocionaram tanto quanto eu ao ler este e-mail que me enviaram, por favor façam alguma coisa.
O editor do blog

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Hospital Rovisco Pais na Toxa deixa devoluto e ao abandono parque habitacional em Lisboa e pede donativos nas ruas

Dirigente da Associação Lisbonense de Proprietários afirma ao Público de 2.12.2007, "Nós somos, no fundo, uma espécie de cangalheiros: estamos sempre à espera que os nossos inquilinos morram para pormos fim ao vínculo e actualizar as rendas"
Na foto pormenor das traseiras do edíficio

O Hospital Rovisco Pais na Toxa deixa ao abandono parque habitacional em Lisboa e pede donativos nas ruas.
O escândalo é total. A Administração deste hospital, sob a tutela do Ministério da Saúde, enquanto pede donativos nas ruas da cidade, deixa devolutos imóveis em Lisboa em total degradação, chegando a emprestar andares em plena Alameda D. Afonso Henriques (Lisboa), para depósito de ferro velho e tudo isto sob o olhar impávido da Câmara Municipal a quem já foi apresentada queixa por parte dos inquilinos do mesmo por se tratar de um verdadeiro atentado à saúde pública. Prefere o senhorio deixar vagos andares, não fazendo sequer contratos de transmissão de rendas, para deixar património público abandonado e num estado miserável. Nem o Hospital nem a Associação Lisbonense de Proprietários a quem está entregue a administração do prédio fazem rigorosamente nada. Quanto a esta Associação o seu dirigente teve aínda a distinta lata de vir para o Público ironizar dizendo e passo a citar : "Nós somos, no fundo, uma espécie de cangalheiros: estamos sempre à espera que os nossos inquilinos morram para pormos fim ao vínculo e actualizar as rendas". Com respeito à Associação de malfeitores capaz de tamanha afirmação, tenham juizo; ao Ministério e à Câmara, deixo aqui um alerta antes que aconteça alguma desgraça.
Na foto escada de serviço em total ruína

domingo, 18 de novembro de 2007

Assine esta petição - Monumento nacional em risco de desabar

A degradação ameaça fazer ruir as igrejas geminadas de Santo António e São Francisco, em Aveiro, únicas no país e monumento nacional.
A Associação de Defesa do Património da Região de Aveiro (ADERAV) já alertou que a degradação do imóvel está a atingir níveis irreversíveis, e lançou uma petição a defender a sua recuperação, que tem como principal subscritor o duque de Bragança.
O problema é conhecido do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), mas tarda a preservação e os telhados só ainda não desabaram porque dois benfeitores se vão aventurando nas alturas, a colmatar as brechas maiores por onde a chuva entra.
Os templos e anexos pertencem à Venerável Ordem Terceira de São Francisco, instituição secular mais vocacionada para a salvação das almas do que de pedras e talhas, cuja idade e pobreza não lhe deixam «forças e cabedais» para fazer mais do que pequenos arranjos.
Alguns dos azulejos aguentam-se milagrosamente suspensos por fita-cola, perante o olhar atónito de um dos querubins do altar-mor.
A todo o comprimento da sacristia de Santo António, tida como o principal tesouro do conjunto, estende-se um arcaz restaurado, em contraste com a ruína dos tectos apainelados, onde bolores apagam pinturas de penitentes e evocações sobrenaturais.
Para assinar a petição, abrir a página abaixo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Arte Indo-portuguesa

Cristo Indo-português séc. XVII, em marfim

Por: Jorge Santos Silva

Arte Indo-Portuguesa – Através das crónicas de época, principalmente na descrição do quotidiano feita pelos viajantes, e na análise da Inquisição em Goa, descobre-se a força da cultura, da civilização, pré-existente, muito vinculada às suas próprias crenças. É indiscutível que a essência estética e criativa da arte indo-portuguesa surge de uma miscigenação cultural, derivada de uma presença colonizadora e missionária, ou de meros contactos comerciais, tendo recebido grande influência local.
A isto acrescentemos a força religiosa indiana, inspiradora das suas diversas expressões. Se a arte portuguesa renascentista foi poderosa em muitas de suas expressões e a cultura humanista floresceu principalmente em Lisboa e Coimbra, a arquitectura portuguesa, que já se firmara em relação à construção militar e civil, a sua proposta religiosa firmou-se verdadeiramente na Contra-Reforma, quando eclodiu o estilo barroco no séc. XVIII, expandindo-se rapidamente pelos seus domínios ultramarinos, colocando a sua marca principalmente em Goa.
Quando no início do século XVI, Afonso de Albuquerque chegou a Goa, a presença da expressão plástica do Islão, juntamente com a hindu, era muito visível.
De Portugal chegavam quer por motivos económicos, para efectuar trocas, quer por motivos religiosos, com o objectivo de incrementar os templos cristãos, enumeros objectos de arte. A estes, juntaram-se desde a primeira viagem artistas e artífices do Reino que propiciaram uma contaminação da arte local e dos seus executores, provocando, uma forte miscigenação da arte local. Um dos exemplos a citar é a imagem de S. Rafael que acompanhou Vasco da Gama na sua primeira viagem (hoje no Museu da Marinha) e que serviu mais tarde de modelo a muitos ícones feitos por artistas locais.
A primeira referência a um retábulo pintado na Índia data de 1516 para o vigário de Calicute. Os artistas indianos tentaram adaptar-se ao gosto europeu se bem que estes artistas a quem os cristãos de Cochim encomendaram uma série de pinturas, devessem com certeza ser cristãos convertidos pois “os gentios não deveriam pintar cenas religiosas (por reverencia de Deus)” como cita Pedro Dias em a Arte Indo-Portuguesa. Esta insistência tornou-se letra morta pois o principal pintor de Goa em 1559 era pagão e responsável pelos retratos dos vice-reis. Também as notáveis peças de ourivesaria que integravam o tesouro de D. Manuel eram feitas por artistas locais.
A primeira obra documentada de Rauluchatim é um punhal feito para Afonso de Albuquerque em 1515 por certo o fundador da ourivesaria luso indiana. Trinta anos depois da chegada de Vasco da Gama à Índia a miscigenação estética estava consumada.
Muitos são os exemplos de arte indo portuguesa que hoje podemos apreciar, ao nível do mobiliário, dos têxteis, da imaginária, ou ainda da ourivesaria e da talha dourada. Na imaginária existe grande diversidade de soluções formais, desde a pequena imagem devocional, os oratórios e os “Calvários de Pousar”, ou imagens do Bom Pastor que é porventura o melhor exemplo de miscigenação simbólica entre as duas culturas. Na ourivesaria sacra o túmulo de S. Francisco Xavier no Bom Jesus de Velha Goa merece particular destaque dado o tratamento filigranado das superfícies.
O mobiliário Indo-Português assumiu em todo o séc.XVII, o estatuto de mobiliário de luxo, visto que as peças vindas do oriente não eram abrangidas pelas leis de austeridade Filipinas, o que tornou estas peças de particular fascínio em que salientaria pela riqueza alcançada, os Contadores Indo-Portugueses.
O efeito aculturador na relação Oriente/Ocidente também produziu efeitos na arte portuguesa com a tentativa de imitar os produtos importados e que se reflecte na tapeçaria de Arraiolos e nas magnificas colchas de Castelo Branco, ou ainda nas faianças dos séculos XVII e 1ª metade do XVIII.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Micas A herdeira de Salazar

Maria da Conceição de Melo Rita desfia, em "Os meus 35 anos com Salazar", as memórias da convivência com o homem que a perfilhou aos seis anos.

Maria da Conceição de Melo Rita, a menina que, em 1938, surgiu na capa do jornal O Século, sentada numa cadeirinha, caderno no colo, sob o olhar atento de Salazar, decidiu, aos 78 anos, deixar um "testemunho aos netos". Primeiro quebrou um silêncio de décadas quando foi entrevistada por Joaquim Vieira para o Expresso em 1988. Este ano aceitou um outro convite do jornalista para converter as suas memórias em livro - o resultado é Os meus 35 anos com Salazar (Esfera dos Livros), apresentado no restaurante da Estufa Real, Lisboa. Os historiadores José Hermano Saraiva e António Costa Pinto são os oradores convidados. Ao longo de 200 páginas, Maria da Conceição, que viveu em casa de Salazar entre os seis e os 28 anos (1935-1957), não faz qualquer revelação sobre o homem que governou autoritariamente o país durante quase meio século - não há confidências nem segredos íntimos. Há, sim, o retrato de uma "família" (Salazar e a governanta, Maria de Jesus) que "perfilhou" Maria da Conceição aos seis anos, estava ela em Lisboa há meses, em casa do irmão José, a pedido da mãe, desesperada com mais sete filhos e sem sustento para todos, na aldeia beirã da Lajeosa. Há também a evocação de episódios domésticos como o que retrata o espírito da "poupança" praticado em casa (a governanta fazia saias com o tecido das velhas calças do então Presidente do Conselho e aproveitava os antigos roupões para fazer vestidos para a criança); que ordenou à criada para fechar à chave todos os pertences do Palácio de São Bento, "entendia que o que era do Estado, não devia utilizar-se".
"Nos passeios nocturnos que dávamos pelos jardins de São Bento, por vezes ele falava um pouco sobre política", lembrou. "Eu até gostaria de ter falado mais, mas acho que não estava habilitada para perceber aqueles assuntos. Ele só me dizia que depois de morrer, as nossas colónias em África tinham o tempo contado".
Não seguiu o liceu por iniciativa do pai adoptivo, que a encaminhou para o ensino comercial - "dizia que o curso comercial teria mais saídas no futuro das novas tecnologias", e o seu primeiro emprego foi no Instituto de Assistência a Menores. "Eu estava um pouco isolada", contou, "convivia pouco com as amigas, não frequentava a casa delas e elas também não iam a São Bento". Era infeliz? "Estava habituada!
"A partir dos últimos anos da década de 50, tornou-se quase impossível manter o silêncio, dentro de São Bento, em torno dos acontecimentos políticos. 1961 foi o ano em que, perante a sequência de episódios que abalam o regime, Salazar levou para casa as preocupações que o assaltavam: Henrique Galvão desviou o paquete Santa Maria; deflagrou a guerra em Angola; deu-se a "ocupação" de Goa, Damão e Diu pela União Indiana; a rebelião no interior do seu Executivo, quando o ministro da Defesa, Botelho Moniz, liderou um golpe de Estado que não passou da tentativa. "Nessa altura, ele já deixava transparecer uma certa preocupação".
Sobre Marcello Caetano, falou-lhe algumas vezes. "Gostava muito dele, dizia que era muito inteligente e responsável." Mas isso foi antes das "divergências que os separaram" e muito antes de Caetano assumir a Presidência do Conselho em 1968, quando Oliveira Salazar julgava ainda ditar os destinos do país, como aqueles que o rodeavam lhe faziam crer. Micas não quis fazer parte desse jogo de fingimento (depois da queda da cadeira, Salazar continuou a viver em São Bento, com todas as regalias de outros tempos, até à sua morte, em 1970). "Tinha certos momentos de lucidez, por vezes perguntava por um ou outro ministro, mas acho que ele tinha noção de que algo não estava a correr bem.
"Maria da Conceição não herdou apenas os "afectos" de Salazar. Guarda vários objectos com que ele a presenteou ao longo dos anos e distingue dois: um retrato emoldurado de Salazar (que ela quer dar à "futura casa-museu" em Santa Comba Dão) e uma medalha em ouro com a imagem da Nossa Senhora de Lourdes, que traz ao peito, pendurada num fio, desde os 16 anos. "Foi como um pai. Tenho muitas saudades dos bocadinhos em que conversávamos à noite, nos jardins de São Bento."
Uma visão comum e sem novidade, de quem viveu dentro da esfera familiar, daquele que governou o país com mão de ferro quase meio século: Salazar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Cimeira Ibero-americana: rei de Espanha manda calar Hugo Chávez

O rei Juan Carlos de Espanha mandou ontem calar o Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que voltou a chamar "fascista" ao ex-primeiro-ministro José Maria Aznar. Haja alguém que enfrente aquele tarado.
Por sua vez Chávez respondeu depois aos jornalistas e cito «Tiveram de agarrar o rei, que ficou muito bravo, como um touro... eu não sou muito toureiro, mas olé!».
Se já se sabia que que o homem é um ditador, agora ficámos com a certeza que é um idiota.

domingo, 4 de novembro de 2007

Rosto de Tutankamon revelado


A múmia de Tutankamon foi retirada este domingo do túmulo no Vale dos Reis em Luxor e o seu rosto revelado pela primeira vez na história. Segundo fontes do CSA (Conselho Supremo das Antiguidades), a múmia será transladada e mostrada a um reduzido grupo de jornalistas e arqueólogos, sendo exibida ao público a partir de segunda-feira. Actualmente, uma média de 5.000 pessoas visitam diariamente o túmulo do famoso faraó, mas a respiração exalada pelos visitantes cria uma humidade na câmara mortuária que afectou negativamente o estado da múmia. A múmia será colocada a partir de domingo numa redoma especial com perfeito controlo dos níveis de temperatura e humidade, embora continue no seu mesmo túmulo, dado que foi rejeitado um projecto de a transferir para os museus de Luxor ou do Cairo. Como recordou Zahi Hawas, secretário-geral CSA, a múmia está muito deteriorada pelo manuseamento que sofreu pelo arqueólogo Howard Carter quando este descobriu o túmulo do célebre faraó em 1925. Carter utilizou barras metálicas para separar a máscara da múmia e desmembrou o cadáver para recuperar uma centena de amuletos ocultos entre as camadas de ligaduras de tela, tendo o corpo ficado exposto ao sol sem qualquer protecção, segundo Hawas. O resultado é que a múmia real está hoje fragmentada em 18 bocados diferentes que tiverem de ser colados. Tutankamón voltou a ser envolto em linho e tudo o que os visitantes hoje podem ver é unicamente a sua máscara, mas a face teve de ser também reconstituída passados 3.300 anos por equipas de peritos. Tutankamon, o jovem faraó que reinou entre 1333 e 1324 a.C., terá morrido ao cair de uma carruagem quando caçava no deserto, segundo as conclusões de cientistas. Estudos recentes com tomografia computorizada revelaram que sofreu uma fractura na perna esquerda, acima do joelho, antes de morrer.
O autor deste blog junto do túmulo

Ajuda de berço. Uma obrigação de cidadania.

A "Ajuda de berço" que acolhe crianças dos 0 aos 3 anos, necessita da nossa ajuda. Este é um site que vive da publicidade que faz e são as empresas que o patrocinam quem ajuda esta associação. Só temos que mostrar que visitámos o site em questão e clicar no botão correspondente. Não tem de gastar dinheiro.
Para ajudar entre em: http://www.arcidadania.org/
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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Morreu Paul Tibbets

Paul Tibbets, o piloto americano que lançou a bomba atómica sobre Hiroshima, morreu esta queinta-feira aos 92 anos na sua casa de Ohio.A 6 de Agosto de 1945, pilotava o "Enola Gay", bombardeiro americano B-29, de onde foi lançada a bomba atómica que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima. Morreram no ataque mais de 140 mil pessoas e muitas mais vieram a morrer nos anos seguintes , vitimas da radiação a que foram submetidas. "Se Dante (escritor famoso pela descrição do inferno em "A Divina Comédia") estivesse connosco no avião, teria ficado aterrorizado", afirmou mais tarde.
Na sequência da devastação catastrófica provocada pela bomba, o Japão rendeu-se pondo assim termo à segunda guerra mundial.