Esta Praça não existia antes do terramoto de 1755 e foi desenhada nos terrenos anteriormente ocupados pelo Hospital de Todos os Santos cuja frente dava para o Rossio tendo ficado devastado com o sismo. Inicialmente concebida como praça tradicional (venda de frutas e hortaliças) ao ar livre, chamava-se então Horta do Hospital. Mudou de nome para Praça das Ervas, Praça Nova e, finalmente, para Praça da Figueira. Por finais do séc. XIX apresentava o aspecto que a imagem documenta. A meio do século passado (1949) o edifício foi demolido e hoje a Praça funciona como palco da homenagem de Lisboa a D. João I, adquirindo o glamour que caracterizava as idas à baixa.Porém foi de pouca dura. Este nobre sítio é hoje dos mais desprezados da cidade. Mal frequentado, casa de mendigos e sem abrigo, permanentemente transformado em lixeira, e zona de prostituição.De há muito desapareceu o tal glamour a fazer lembrar mais as suas origens gémeas de praça de tráfico negreiro, com a diferença que hoje tudo lá se trafica. É um problema recorrente nas três praças mais emblemáticas da Baixa, em que a autarquia não sabe como ou não quer por cobro. Há proibições que devem ser feitas e transformar por exemplo as arcadas do Terreiro do Paço ou a escadaria do Dª Maria em dormitório de mendigos, é uma delas.
Jorge Santos Silva
Jorge Santos Silva
1 comentário:
E uma pena terem destruído esse monumento e belo exemplo da arquitectura do ferro, agora a praça anda as moscas, sem vida nenhuma.
Imaginem hoje a potencialidade do monumento se ainda hoje existia. Uma VERGONHA.
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