Salvem O Museu dos Coches Petição

Salvem O Museu dos Coches Petição
Petição: Salvem os Museus Nacionais dos Coches e de Arqueologia e o Monumento da Cordoaria Nacional!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Monárquicos à trolha em Lisboa

Com a aproximação das eleições autárquicas, os monárquicos da capital insurgiram-se contra a entrada do deputado e líder do PPM, o fadista Nuno da Câmara Pereira na coligação PSD-CDS-PPM e MPT.
Sabidas que são as pretensões ao trono que o deputado monárquico defende, já que ao arrepio do há muito convencionado que, salvo algumas aparições pontuais e rapidamente desacreditadas, têm por certo a legitimidade de D. Duarte, o líder monárquico vem à praça anunciar agora a ilegitimidade da Casa de Bragança e afirmar que o herdeiro ao trono de Portugal é, e com o apoio do PPM, D. Pedro José Folque de Mendonça Rolim de Moura Barreto, Duque de Loulé, isto depois de já ter indisposto os monárquicos de Portugal com o lançamento do livro "O usurpador" em referência a D. Duarte e do controverso encontro com D. Rosário de Poidimani um italiano, filho de uma alegada filha ilegítima do Rei D. Carlos I e de Maria Amélia Laredó e Murça, Maria Pia de Bragança, cuja pretensão ainda que verdadeira cai por terra por ser fruto de relação ilegítima. A confusão estava lançada.
Assim, tomei conhecimento que uma organização, que dá pelo nome de Real Associação de Lisboa, está a divulgar uma petição com o objectivo de a entregar aos restantes lideres da coligação, para irradiar o contestatário líder do PPM das listas da mesma, alertando para o facto de que o objectivo de cativar votos monárquicos sai totalmente gorado com tal iniciativa, já que não há monárquico ajuizado que se reveja num PPM anti Bragança.
Como tem sido meu hábito neste blog, independentemente de cor politica tenho aqui postado todos os assuntos que, ou por interesse generalizado ou por curiosidade do facto, possam interessar aos meus leitores.
Assim, ou por curiosidade ou para subscrição, aqui fica o link da dita petição bem como o texto e motivos da mesma: http://www.peticaopublica.com/?pi=JTMB

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Assim começaram os engarrafamentos e as discussões de trânsito.

“ANO DE 1686. SUA MAJESTADA ORDENA QUE OS COCHES, SEGES E LITEIRAS, QUE VIEREM DA PORTARIA DE SÃO SALVADOR, RECUEM PARA A MESMA PARTE”

Jornal ionline por António Mendes Nunes, Publicado em 13 de Maio de 2009

Na Lisboa de há 300 anos o trânsito era mais caótico e perigoso que hoje. Matava-se por questões de prioridade e as multas eram pesadas.

Durante séculos, o povo deslocou-se a pé e os nobres a cavalo. As ruas da capital eram estreitas, sujas, malcheirosas e lamacentas. Tanto que os de maiores posses preferiam a água à terra e iam do Terreiro do Paço a Belém de barco. Mas a vida ia-se fazendo.

Em 1581 deu-se o "desastre". Filipe II de Espanha veio a Portugal e trouxe um coche, coisa nunca vista: uma caixa de madeira fechada, bastante desconfortável, em cima de quatro rodas, puxada por meia dúzia de cavalos. A novidade fez escola e não houve nobre endinheirado que não quisesse ter um.

Nas apertadas vielas era costume recuar o coche do proprietário com menor posição social, mas quando se encontravam dois iguais era frequente chegarem a puxar da espada. Houve muito sangue derramado nestas discussões, até que D. Pedro II, em 1686, mandou elaborar as primeiras leis, afinal o primeiro código da estrada, colocar os primeiros sinais de trânsito em Lisboa e também alguns "polícias sinaleiros", chamados "práticos". As penas para quem não cumprisse esse código eram pesadas: degredo para o Brasil e 2 mil cruzados de multa. Na parede do prédio n.o 26 do Beco do Salvador, em Alfama, ainda está a lápide com a inscrição do direito de prioridade. Afinal o primeiro sinal de trânsito que existiu em Lisboa e em Portugal.

Rua das couves

Em Várzea de Meruge, Seia, Serra da Estrela, a população cansou-se depedir ao presidente da Junta que reparasse o piso de uma rua.Vai daí, decidiu plantar couves nos buracos... e agradecer ao presidente e ao seu padrinho em S.Bento.
Nunca a frase «atirou com o carro para as couves» fez tanto sentido...

É ainda curto, mas é um sinal de que o povo está aí, já se ouvem ao longe os tambores...

Se a moda pega vamos ser o país das couves.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Assim vai Portugal

O Manuel, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt),
começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café
(importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in ChechRepublic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China). Vestiuuma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para verquanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu umsumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made inSweden) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos atravésdo seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made inItaly), o António decidiu relaxar por uns instantes.
Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made inDenmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...
O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda além disso, cria uma série de postos de trabalho.

sábado, 9 de maio de 2009

Terreiro do Paço – Que futuro?


Aspectos incontestáveis

O Terreiro do Paço é uma das praças maiores e mais bonitas da Europa, porta de entrada de Lisboa e centro a partir do qual a cidade ressuscitada se desenvolve. A nossa “Real Praça do Comércio”, ponto fulcral de todo um «décor» de um Projecto Mercantilista e Modernizante nunca conseguido, onde toda uma simbologia é desenvolvida: a geometria, o numeralismo, etc. A inclinação dos bordos em relação e à estátua, para que os que se lhe aproximem sejam reduzidos à sua “insignificância” por D.José, o nosso Rei-Sol. A luz, a luminosidade que a todos encandeia e que de todos os lados reflecte. Simbolismo materializado pela conjugação da vontade do homem e da domesticação dos materiais. Por tudo isso, o Terreiro do Paço é Monumento Nacional. Mas a relação do lisboeta com o Terreiro do Paço é ambígua, bipolar. Da cor das fachadas (era “amarelo de Nápoles” quando podia ser rosa, de Bragança; foi verde-garrafa, e voltou a amarelo) ao abandono do Arco Triunfal, aos torreões “mais para lá do que para cá”; aos elementos espúrios, ao “tratamento” do Cais das Colunas, à boca de Metro em plena arcada, aos pilaretes, quiosques, e aos esventramentos sucessivos do subsolo. Foi parque de estacionamento. Tem sido feira popular e estaminé.

A decisão (oculta) de alguns (muito poucos)

Lembrou a alguém, a propósito do Centenário da República, fazer dele o palco de 2010. Contagiado pelo despotismo esclarecido de antanho, decidiu e não auscultou ninguém, muito menos a “plebe”. O projecto é facto consumado. Da placa central? Reafectação dos pisos térreos? Correcção dos “embelezamentos”? Limpeza do Arco e da estátua? Eternizar a veia de quermesse? Mastros, toldos, “bandeirinhas”? Publicidade a troco de €? Toque de “contemporaneidade”?

O projecto divulgado em sessão privada (*) de CML emoldura o Terreiro do Paço com piso riscado, invocando a cartografia do séc. XVI. A placa central é preenchida por uma desconcertante rede de losangos ocre, de areão, a “condizer” com as fachadas dos edifícios, num imenso “tartan” de gosto duvidoso, debruado a risquinha cinzenta e rematado por um losango verde-garrafa sob o plinto da estátua, em “pandan” com o verdete. Aplana-se a placa central com uma “bancada” de 1m de alto, em degraus, ao longo de toda a frente-rio, para banhos de sol, farturas e passear o cão.

é este o Terreiro do Paço pelo qual tanto temos aguardado? Por que não houve concurso para a selecção do projectista? Quem se arrogou o poder de escolher uma solução que não foi divulgada, muito menos discutida?

Que Terreiro do Paço

é preciso respeitar o seu simbolismo, história, monumentalidade, magnificência, luminosidade, assimetria, estética, cromatismo e ligação ao rio, que fazem dele um local tão aparentemente minimalista e inóspito quanto, seguramente, belo e único. O que tem o losango que ver com o Barroco? E o areão, mais apropriado a paredões e pistas de atletismo? O argumento da luminosidade excessiva é capcioso e não inviabiliza o lioz, ou as lajes de pedra do mesmo tipo das sob as arcadas. O alargamento dos passeios laterais pode ser em calçada portuguesa, sem recurso à “cartografia”. Não é a calçada um “ex-libris” alfacinha, defendida publicamente, e bem, pelo próprio Presidente da CML?

E será que a sombra, ou a falta dela, é um problema sério? Terá sido esta praça construída como praceta? Não é ela um local monumental, aberto ao rio, ao vento e à luz? Mas se for preciso ter sombra, por que as árvores de alinhamento de há 100 anos? Não são elas um modo natural e não intrusivo de sombreado, impeditivo da publicidade e da ocupação abusiva da praça? Ou uma solução mais criativa (“elevando a fasquia”), com laranjeiras em grandes vasos bordejando as arcadas. E bancos? Com costas e em mármore (Pç. do Império)? Sem costas (Rossio)?

Por fim, não colhe a ideia do corredor central em piso diferenciado, perpendicular ao Arco, cruzando a estátua e prosseguindo até aos degraus do remate junto à marginal. Porque o peão não precisa que lhe indiquem por onde circular. Permita-se-lhe o gozo aleatório, sem pressas, buzinas e lixo. A contemplação. O horizonte, a luz e o vento. O registo imponente, solene, estático, contemplativo, livre aos Elementos, do projecto original. Há quem gabe o arrojo do novo projecto. Contudo, cremos que arrojo é decidir sobre a praça mais monumental do país às escondidas de todos. Haja debate!

Aquela praça que tem sido tudo quer e deve apenas ser nada.

Paulo Ferrero, Bernardo F. de Carvalho, Carlos F. de Moura, Luís Marques da Silva, Jorge Santos Silva, Nuno Santos Silva e António Sérgio Rosa de Carvalho

(*) Fonte: “Briefing” dos Vereadores da CML após reunião privada de CML.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Acabou a guerra dos contentores. Lisboa vai ter um jardim

A nova publicação saída hoje o jornal i, traz a seguinte noticia que muito me agradou já que na altura tive ocasião de aqui manifestar o meu protesto em não se devolver este espaço aos cidadãos.
Por Ana Sá Lopes, Publicado em 07 de Maio de 2009

A guerra dos contentores pode acabar antes da campanha eleitoral para as autárquicas de Lisboa: onde se esperava mais carga vai haver um jardim resgatado - por 20 anos, pretende a Câmara de Lisboa - ao Porto de Lisboa. A câmara está a negociar um protocolo com a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a Liscont (a empresa que gere os contentores portuários, do grupo Mota-Engil, liderado por Jorge Coelho), com a bênção do movimento de cidadãos anticontentores, que deverá ser assinado durante o mês de Maio.
A câmara quer pedir emprestada ao Porto de Lisboa, durante 20 anos, toda a zona que vai de Alcântara-Terra ao rio Tejo, para ser utilizada como espaço público. No entanto, o protocolo contempla uma cláusula que permite à APL reivindicar à câmara municipal "uma solução alternativa" para os contentores, caso o movimento do porto venha a registar um "crescimento exponencial" durante os próximos 20 anos. Mas a moratória dos contentores pode durar menos do que a câmara deseja: o i sabe que o prazo de 20 anos é considerado "inaceitável" pela Administração do Porto de Lisboa.
O novo projecto da câmara é do conhecimento dos cidadãos que se constituíram em plataforma de protesto e enviaram uma petição à Assembleia da República para travar o projecto de ampliação da plataforma de contentores em Alcântara. António Costa, Manuel Salgado e representantes do grupo de cidadãos têm mantido contactos nos últimos tempos.
"Chegámos a um consenso. A plataforma portuária não irá abafar a cidade", disse ao i o vereador responsável pelo urbanismo, Manuel Salgado. Miguel Sousa Tavares, da plataforma de cidadãos, confirma ao i que tem participado em reuniões com vista a um consenso: "A posição da câmara municipal tem evoluído no sentido das nossas condições".
Afinal o que muda agora? O plano Alcântara XXI é "totalmente reformulado" - palavras de Manuel Salgado. A fazer a ligação entre Alcântara-Terra e o rio Tejo, uma grande praça pública ajardinada. Com o terminal de cruzeiros a ser mudado para Santa Apolónia, o novo projecto vai transformar a Gare Marítima de Alcântara "num pólo cultural importante". E todo o espaço fronteiro à gare "será uma continuação do espaço público para área de recreio e lazer".
A plataforma de cidadãos tinha posto como condições irrenunciáveis a limitação da área disponível para contentores ("nem mais um metro de área de contentores em Alcântara", diz Miguel Sousa Tavares), o eventual aumento do transporte de carga dos contentores não ser feito por via terrestre ("nem mais um contentor TIR") e, enquanto durassem as obras, que as docas continuassem a funcionar. "A câmara deu-nos um documento para estudar que passa por incluir essas garantias", diz Sousa Tavares.
Para já, os cidadãos estão satisfeitos. "O que queremos é que não sejam promessas vagas, mas garantias firmes do Porto de Lisboa", exige Miguel Sousa Tavares.
Na opinião de Manuel Salgado, o novo projecto "defende a sustentabilidade económica do porto", "assegura a fácil ligação da cidade ao rio" e "resolve o problema do equilíbrio ecológico do vale de Alcântara. A câmara vai recuperar um projecto antigo do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, que passa pela construção de um conjunto de bacias de retenção no vale de Alcântara para acabar com as cheias crónicas que afectam todos os anos aquela zona de Lisboa.
Segundo Manuel Salgado, ao prever o enterro da linha férrea, permite afastar a carga toda metida nos contentores a partir da utilização de barcaças que façam sair as mercadorias através do rio. Por outro lado, está em vias de ser "estabilizada uma solução que contempla a construção em túnel da infra-estrutura ferroviária". A câmara propôs ao governo a ligação da linha de Cascais à linha de cintura - o que permite que quem vem trabalhar para Lisboa possa vir de comboio -, que também será aproveitada para o escoamento do material dos contentores.
Ao contrário do que pretendia o grupo de cidadãos, Alcântara ficará sem o terminal de cruzeiros, que será construído em Santa Apolónia, junto ao Jardim do Tabaco. A ideia da câmara é transformar a Gare Marítima de Alcântara, que é monumento nacional, "num pólo cultural". Quanto aos contentores, Manuel Salgado afirma que serão edificados de maneira a manter as vistas para o rio.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Perdida - O final da história

Há duas semanas atrás lançava um apelo. A pedido dos seus donos desesperados, pedia-se a quem tivesse noticias do paradeiro de uma cadela arraçada de Labrador, preta pêlo curto, desaparecida dia 17 de Abril na zona de Loures (Barro), com cerca de 2 anos e que trazia 3 fitas ao pescoço, 2 azuis e uma rosa, que contactasse o telefone então facultado. Dava-se como informação adicional que era muito meiga.
Este animal já trazia uma história. Vivia com um outro cão em casa de alguém que, afectado pela difícil situação em que o país se encontra, havia perdido o emprego, tendo de colocar os seus dois amigos de quatro patas na União Zoófila, local onde a cadelita esteve recolhida até encontrar estes novos donos, deixando para trás quem a criou e estimou, bem como o seu companheiro de brincadeiras, mantido junto, um rafeirote castiço, que lá teve de ficar há espera de melhor sorte.
Tocado pela noticia "postei-a" neste blog e enviei para toda a minha lista de contactos. Quem sabe poderia ajudar.
Na zona, foram colocadas dezenas de fotocópias, junto a paragens de autocarro, sensibilizando para o desespero dos seus donos. Só quem nunca teve um cão, não perceberá do que estou a falar.
Raras são as vezes em que o desfecho destas histórias têm um final feliz.
Mas há excepções.
O dono da afortunada cadelita, a Bianca, ligou-me no final da semana passada a avisar que haviam sido contactados por uma senhora que informava que a cadela estava recolhida na sua pequena quinta em Loures. Embora muito triste por a devolver, já que se tinha afeiçoado ao animal, entregou-a. Bem-haja por isso.
Bem tratada e obviamente saudosa dos seus donos, regressou a casa.